(3ª Parte)
..."Um carnavalesco não
precisa ser aderecista, pintor, estilista ou escultor, mas ele
precisa de ter a visão geral de todo o processo de confecção de um
carnaval."
A SAMBA NO PÉ sempre contou com o trabalho, a ousadia e a dedicação de grandes artistas... os CARNAVALESCOS que, usando de muita criatividade, deram vida e cor aos temas enredos defendidos pela escola na "Dr. Monteiro".
O blog rende homenagens aos carnavalescos (e seus respectivos anos de atuação):
- Heleno Ferreira Horner e Amália Pereira
Carnaval: 1990/1991/1992/1993
(Assinavam como carnavalescos da escola)
- Antônio Cardozo Gonzales - "Toninho de Porto Alegre"
Carnaval: 1991/1992/1993/1995/1998/1999
(Atuou apenas como figurinista, somente com a criação dos protótipos das fantasias)
- Marco Maciel - Marquinhos
Carnaval: 1994/1999/2005
- Valdinei Frós Nunes
Carnaval: 1996/1999
(participação nestes carnavais somente com alguns protótipos de fantasias)
- Lizandro Araújo
Carnaval: 1996/1999/2000/2001/2002/2003/2004/2006/2007/2008/2009/2010/2011/2012/2014/2015/2016
- Samantha Cavalheiro
Carnaval: 2013
- Comissão de Carnaval
Carnaval: 2017
- Raniéri Viana Frós
Carnaval: 2018- Ittalo Acosta
Carnaval: 2019/2020
ESTÁ FALTANDO NO ANO DE 1997 NO CARNAVALESCO QUEM TEM PODE ME MANDAR.
* O ano que está sublinhado teve a participação, na criação dos protótipos, dos quatro carnavalescos da escola ao mesmo tempo.
* O ano que está sublinhado teve a participação, na criação dos protótipos, dos quatro carnavalescos da escola ao mesmo tempo.
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Observações:
* Diferença entre Carnavalesco e Figurinista: O Carnavalesco
é a pessoa responsável por todo a organização e estruturação do
desfile carnavalesco da escola, cuidando, inclusive, da confecção de
alegorias e adereços / o figurinista é o profissional responsável "apenas" pelos protótipos das alegorias e adereços da escola, não assinando como carnavalesco.
* O Carnavalesco que mais tempo atuou na escola foi o estilista arroio-grandense Lizandro Araújo, na função desde 1996 (e exclusivo desde 2002). Com ele, a Escola "Samba no Pé" conquistou 09 dos seus 13 campeonatos, além dos 05 vice-campeonatos.
Desde
2002, é o carnavalesco Lizandro Araújo o responsável pela indicação
dos temas enredos, sendo desses, o mais popular, o tema enredo de
2003: "O Folclore Brasileiro", que até hoje tem o samba enredo mais popular de Arroio Grande.
Em
2005, o carnavalesco não criou nem desfilou com a escola, mas indicou
o tema enredo sobre a "Cultura Afro-brasileira", ficando a
responsabilidade para o artista plástico Marco Maciel.
* Prótotipos - são os desenhos das alegorias e adereços.
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O QUE É UM CARNAVALESCO?
Ser Carnavalesco é uma das funções mais importantes do carnaval. Ele não precisa ser obrigatoriamente homossexual (como a visão preconceituosa da sociedade imagina),
afinal, talento nunca teve sexualidade (existem muitos homens e
mulheres carnavalescas). Um carnavalesco não precisa, obrigatoriamente,
saber desenhar, mas, com certeza, ele precisa ter criatividade, bom
gosto e um bom conhecimento geral de arte. Max Lopes e Joãozinho Trinta
nunca desenharam, mas cada fantasia e cada elemento alegórico que
desfilou em cada um de seus carnavais foi por eles criado, desenvolvido
e aprovado.
Um carnavalesco não precisa ser aderecista, pintor, estilista ou escultor, mas ele precisa de ter a visão geral de todo o processo de confecção de um carnaval. Um carnavalesco não precisa ser letrado e formado nisso ou naquilo, mas ele precisa para que seu trabalho tenha êxito de uma visão cultural abrangente. Não basta apenas uma pesquisa no Google da vida e nas enciclopédias escolares para se desenvolver um carnaval. É preciso bem mais que isso. É necessário muito embasamento cultural, que sabemos nem sempre se aprende nas salas de aula. Além disso, é importante gostar muito de carnaval.
Nem coloco a questão da cultura pensando na confecção das sinopses, já que muitas escolas contam com profissionais para essa função. Penso na cultura geral como desenvolvedora de um enredo, do que dele se aproveitar plasticamente, o que será ala e fantasia, o que será escultura, adereço e alegoria, o que do enredo podemos projetar para um samba-enredo que seja abrangente, melódico, poético e que possa acrescentar a uma bela obra musical.
Falo essas coisas, pois tenho percebido em alguns presidentes de escolas de samba muito pouco conhecimento do que é a figura e a importância do carnavalesco. Não basta dar pinta para ser carnavalesco. Não basta apenas saber desenhar para ser um carnavalesco. Não basta ser um aderecista e conhecer tudo de barracão e já se considerar apto a ocupar a função de carnavalesco.
Um carnavalesco não precisa ser aderecista, pintor, estilista ou escultor, mas ele precisa de ter a visão geral de todo o processo de confecção de um carnaval. Um carnavalesco não precisa ser letrado e formado nisso ou naquilo, mas ele precisa para que seu trabalho tenha êxito de uma visão cultural abrangente. Não basta apenas uma pesquisa no Google da vida e nas enciclopédias escolares para se desenvolver um carnaval. É preciso bem mais que isso. É necessário muito embasamento cultural, que sabemos nem sempre se aprende nas salas de aula. Além disso, é importante gostar muito de carnaval.
Nem coloco a questão da cultura pensando na confecção das sinopses, já que muitas escolas contam com profissionais para essa função. Penso na cultura geral como desenvolvedora de um enredo, do que dele se aproveitar plasticamente, o que será ala e fantasia, o que será escultura, adereço e alegoria, o que do enredo podemos projetar para um samba-enredo que seja abrangente, melódico, poético e que possa acrescentar a uma bela obra musical.
Falo essas coisas, pois tenho percebido em alguns presidentes de escolas de samba muito pouco conhecimento do que é a figura e a importância do carnavalesco. Não basta dar pinta para ser carnavalesco. Não basta apenas saber desenhar para ser um carnavalesco. Não basta ser um aderecista e conhecer tudo de barracão e já se considerar apto a ocupar a função de carnavalesco.
O aprendizado de um carnavalesco acontece quase sempre nos grupos
de acesso ou nas escolas de samba mirim. É por lá que o
profissional-carnavalesco conhece as dificuldades de se colocar um
carnaval na avenida e nesse processo ele vai aprendendo e crescendo
profissionalmente e um dia, numa processo quase natural, os dirigentes
das escolas do Grupo Especial percebem talento e qualidade naquele
artista e o convocam para fazer parte do seleto quadro de carnavalesco
Especial.
Os carnavalescos cariocas Paulo Barros e Paulo Menezes, por
exemplo, seguiram esse mesmo caminho de dificuldades e aprendizado
até chegarem ao reconhecimento especial. Vou citar um nome que já
desponta como uma grata revelação e vem seguindo o mesmo caminho.
Fábio Ricardo, carnavalesco da Rocinha, e por muitos anos assistente
do Max Lopes está batalhando numa escola do Acesso e já tem o seu
talento lembrado por escolas do Especial.
Mas o carnavalesco, apesar de sua fundamental participação não é o único profissional de um carnaval. Ele precisa estar bem assessorado, com assistentes e compreender que um projeto de carnaval tem em sua figura o grande responsável plástico, mas não é apenas ele o grande nome de um desfile. Um carnaval não é, nunca foi e nunca será um projeto pessoal de um artista. Em torno dele existem vários outros profissionais com o mesma intenção de fazer um grande carnaval.
Mas o carnavalesco, apesar de sua fundamental participação não é o único profissional de um carnaval. Ele precisa estar bem assessorado, com assistentes e compreender que um projeto de carnaval tem em sua figura o grande responsável plástico, mas não é apenas ele o grande nome de um desfile. Um carnaval não é, nunca foi e nunca será um projeto pessoal de um artista. Em torno dele existem vários outros profissionais com o mesma intenção de fazer um grande carnaval.
(continua na próxima...)
FONTE: E. S. SAMBA NO PÉ E A COLABORAÇÃO DE LIZANDRO ARAÚJO
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