Fernanda Rouvenat, Janaína Carvalho, José Raphael Berrêdo e Lívia Torres
Do G1 Rio
As
seis escolas mais bem colocadas no carnaval do Rio voltaram à Sapucaí
na noite deste sábado (13), para o Desfile das Campeãs. Em ritmo bem
mais descontraído, sem a pressão pela perfeição e foco no resultado,
Imperatriz, Beija-Flor, Salgueiro, Portela, Unidos da Tijuca e Mangueira
- na ordem da sexta colocada até a campeã -, fizeram uma grande festa
no sambódromo lotado, com final feliz em verde e rosa e a homenageada Maria Bethânia desfilando na pista, após problemas com o guindaste que a colocaria no carro alegórico.
O "choro" de quem não ficou em primeiro marcou presença. Componentes da Beija-Flor levaram cartazes de apoio ao diretor de carnaval Laíla, que denunciou supostas fraudes na apuração em benefício da Unidos da Tijuca.
Boa parte da torcida também contestou o resultado, com gritos de "É campeã" para a Portela. Integrantes da escola preferiram o fair play. "A gente está feliz com o trabalho", desconversou Paulo Barros.
Nada, no entanto, tirou o brilho do desfile da Mangueira, que venceu o carnaval pela 19ª vez,
com seu enredo sobre Bethânia. Os gritos de "campeã", que já haviam
sido fortes com a Portela, ficaram ainda mais altos em uma Sapucaí que
se coloriu de verde e rosa para saudar a grande vencedora do carnaval
carioca de 2016, após jejum de 14 anos.
Para
fechar a festa, um problema com um guindaste acabou aproximando ainda
mais Bethânia do povo mangueirense. Após tentativas frustradas de subir
no carro alegórico, tanto com o guindaste como por uma escada, ela
desfilou no chão pela passarela do samba.
A
noite começou com a homenagem a Zezé Di Camargo e Luciano na
Imperatriz. De volta à passarela do samba, a dupla parecia criança em
cima do carro alegórico. O repeteco na Sapucaí foi pouco para a
felicidade por ter sido enredo e ainda ficar entre as melhores.
"Isso aqui é bom demais. Tinha que durar mais um mês", festejou Zezé ao chegar na dispersão, ao fim do desfile.
O
Salgueiro pareceu querer recuperar os décimos perdidos no fim da
apuração, que o levaram da primeira para a quarta posição. Com um
desfile impecável sobre óperas dos malandros, a escola voltou a empolgar
a torcida.
O
carro abre-alas, que passou apagado na segunda-feira de carnaval e
levou à fatal perda de pontos em alegorias e adereços, o último quesito
lido na apuração, desta vez passou iluminado como a escola.
O "exu" da comissão de frente, Demerson D' Alvaro, que brilhou pela performance e pela boa forma física, comentou o sucesso que fez na internet. "Assédio é sempre bom. Malhei bastante, durante quatro meses, me preparei e estudei," contou.
A
Unidos da Tijuca desfilou com seriedade, com seu enredo sobre
agricultura. O presidente Fernando Horta preferiu não comentar as
polêmicas acusações de Laíla de que jurados privilegiaram a escola
tijucana. "Não quero mais falar sobre isso", afirmou.
A
escola tentou responder a críticas com profissionalismo durante o
desfile, mais uma vez praticamente sem falhas. A resposta do público,
porém, não foi calorosa para a escola, que passou sem empolgar a
plateia.
FONTE: GLOBELEZA 2016
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