A imprensa internacional está em peso no Rio de Janeiro para
cobrir os Jogos Olímpicos. Ela se divide entre aqueles que vieram
unicamente para esse evento e aqueles que moram há algum tempo no Brasil
reportando as notícias do nosso país para os veículos do exterior. É a
oportunidade de mostrarem as competições e também a nossa cultura,
especialmente, o samba, já que as escolas se apresentarão nas arenas
esportivas nos intervalos das disputas e também no Boulevard Olímpico,
que promoverá o encontro entre as escolas de samba e os blocos
carnavalescos da cidade.
O jornalista Kazamusa Masuyoshi está trabalhando para o IOC Direct e
contou as impressões que teve com esse "choque cultural" com a chegada
ao Rio de alguém vindo da Ásia.
- A cultura é bem diversificada, mas o samba não chega a ser novidade
porque é um símbolo do Brasil, então ele é bem famoso até mesmo no
exterior - contou ele.
Arnt Stefansen faz parte do outro grupo: o dos jornalistas
estrangeiros que moram há anos na cidade, que vivem como respondentes no
nosso país. Ele trabalha para a norueguesa NRK, e contou que ainda se
surpreende com o espetáculo provocado a cada ano pelas escolas de samba.
- Eu estou há onze anos no Brasil e me apaixonei pelo Rio de Janeiro.
Já fiz diversas reportagens sobre as escolas de samba e acho fenomenal o
que vocês fazem. Achei muito bom colocarem as escolas para se
apresentarem nos jogos, porque elas são uma marca de orgulho da parte
mais pobre da cidade, que muitas vezes não é representada em eventos
assim, e é ruim porque sempre o mais interessante é o que vem de baixo,
porque a cultura da elite geralmente é uma cópia da cultura européia. O
samba é, sem dúvida, o elemento cultural brasileiro mais original e de
maior valor que o Brasil tem.
Jonantan Fabbian já tem mais experiência quando o assunto é o Rio.
Argentino, ele está na cidade a trabalho pela quinta vez, mas está
surpreso e ansioso para ver a apresentação das escolas de samba durante
as Olimpíadas. O editor de esportes do Mundial de Fondo conversou com o CARNAVALESCO.
- Eu conheço pouco sobre as escolas de samba. Sei que é bem
característico do Rio e do Brasil, mas estou curioso para ver elas se
apresentando durante as Olimpíadas.
O jornalista ficou tão empolgado com as apresentações das escolas que
pediu informações para a nossa equipe sobre como chegar na praça Mauá e
não perder os encontros entre as escolas de samba e os blocos de
carnaval no Boulevard Olímpico. Se os jornalistas estrangeiros estão
ansiosos, imagina os cariocas amantes do samba? Será a Olimpíada dos
turistas e dos cariocas, e claro, com bastante samba e, esperamos,
bastante medalhas.
FONTE: CARNAVALESCO
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