O impasse sobre o corte da verba da Prefeitura do Rio de Janeiro para
o Carnaval de 2018 não acabou na reunião dos presidentes das escolas de
samba do Grupo Especial e dirigentes da Liesa com o prefeito Marcelo
Crivella. Um novo encontro foi marcado para segunda-feira e as escolas
aguardam que o prefeito atenda a contraproposta feita pelas agremiações.
Sabendo dos problemas financeiros tão falados pela Prefeitura do Rio,
as escolas apresentaram algumas ideias para amenizar o corte que surgiu
no meio do ano, quando todas escolas já estão em preparação dos seus
desfiles. Foi pedido que a redução seja de 25%, mantendo o mesmo patamar
de corte feito pela Prefeitura em seus demais contratos com outras
pastas. Crivella ficou de estudar e a expectativa do mundo do carnaval é
que ele atenda ao pedido.
O prefeito levou para reunião seus secretários de pastas-chave, como
Fazenda, Obras e o presidente da Riotur, que explanaram suas
dificuldades. A procuradora-geral do município também participou do
encontro. Crivella fez questão que todos os presidentes das escolas
falassem na reunião. O presidente Marcelo Alves, da Riotur, frisou que
as escolas de samba precisam trabalhar o potencial de marketing do
carnaval. Comparou com o Rock in Rio e citou que os desfiles possuem
muito mais potencial que o festival e que não as escolas não impulsionam
o faturamento do setor.
Pagamento da subvenção começa em julho
As escolas apresentaram também uma proposta de recebimento da verba,
dividindo o valor em sete parcelas. O que foi aceito imediatamente por
Crivella. A partir de julho, as agremiações começarão a receber valores
do Carnaval de 2018. Também foi levantada a ideia da Prefeitura do Rio
confirme o pagamento de R$ 1,5 milhão para cada escola e caso a
iniciativa privada entre no carnaval as escolas reembolsam a prefeitura
em R$ 500 mil cada uma.
Outro ponto apresentado pelas escolas é que a Prefeitura isente o
carnaval do ISS (imposto sobre serviços) que hoje gira perto dos R$ 6
milhões por ano. O valor já siginifica uma economia para o Grupo
Especial. O prefeito e a secretária de Fazenda ficaram de estudar a
proposta.
Tom religioso foi citado na reunião
Antes mesmo das escolas abordaram se a decisão do corte da verba
teria algum tom religioso o prefeito explicou que não mistura os
assuntos. Por diversas vezes, Crivella bateu na tecla de negar o tom
religioso na medida. O prefeito citou que “pensa fora do aquário e que
se fosse populista iria atender totalmente o pedido do carnaval, mas que
o momento é difícil”.
Investimento em melhorias no Sambódromo
Crivella explicou para os presidentes que a Prefeitura do Rio fará
obras de melhorias na Marquês de Sapucaí, como a substituição da
iluminação para lâmpadas de led, a instalação de telões e outros reparos
estruturais. O prefeito garantiu que se a Riotur não conseguir verba
privada, a própria prefeitura bancará todas intervenções necessárias.
Verba do turismo
Na próxima segunda-feira também será abordada na reunião a
possibilidade das escolas do samba receberam a verba da taxa do turismo
nos meses de janeiro e fevereiro, como uma compensação pelo retorno
financeiro que o carnaval gera na cidade.
FONTE: CARNAVALESCO
Nenhum comentário:
Postar um comentário