Após ter a liminar (que pedia o afastamento de Jorge Castanheira da
presidência da Liesa) indeferida, a Imperatriz Leopoldinense emitiu uma
nota oficial nesta quarta-feira. No texto a escola alega que o estatuto
da entidade está sendo desrespeitado e que Jorge Castanheira quer
retirar das agremiações o poder decisório.
“Causa extrema preocupação às escolas de samba o item 2 do edital
publicado pela Liesa para de Assembleia Geral Extraordinária desta
quarta-feira, que prevê a perda do poder decisório das escolas de samba,
contrariando claramente o que determina o Estatuto da Associação. Ou
seja, as escolas de samba não poderão mais decidir questões relevantes
sobre os seus desfiles e o próprio carnaval. Esse é o estopim para uma
racha definitivo na Liesa: Até os presidentes das escolas de samba que
votaram contra a permanência da Imperatriz no Grupo Especial irão se
insurgir contra a forma arbitrária com que o presidente da Liesa, Sr.
Jorge Castanheira, quer calar a voz das escolas de samba. A aprovação
deste item pode determinar o fim da Liesa como a conhecemos hoje”, diz
um trecho da nota gresilense.
Nesta quarta serão três tópicos a serem votados pela Assembleia Geral
às 19h na sede da Liesa: 1) Aprovação da ata da Assembleia de 03/06/19
(que decidiu pelo rebaixamento da Imperatriz); 2) Definição do órgão
competente para deliberar sobre questões de relevância na Liesa (o ponto
citado na nota da Imperatriz); 3) Reavaliação da decisão de manter a
Imperatriz no Grupo Especial (três escola mudaram de opinião e o placar
em tese está em 8 a 5 para que a escola seja mesmo rebaixada).
Outro aspecto da nota afirma que a Liesa não repassa nenhuma verba
para as agremiações desde 03/06, data da Assembleia que virou a mesa e
que Jorge Castanheira teria um projeto de fazer com que o Grupo Especial
só tenha 10 agremiações.
“A proposta de uma nova votação para que a Imperatriz vá para o Grupo
de Acesso serve apenas ao propósito do Presidente da Liesa de
restringir o número de escolas de samba do Grupo Especial a 10. Ou seja,
podemos esperar muitas viradas de mesa nos anos que virão, pois para
isso será preciso que quatro escolas de Samba do Grupo especial desçam
para o grupo de Acesso. Desde o dia 03/06/2019, nenhum valor foi
repassado pela Liesa para as escolas de samba: trata-se apenas de
estratégia para forçar as escolas de samba a concordarem com sua
posição, vencida pela vontade da maioria na Assembleia Geral de
03/06/2019”, destaca o texto.
A Imperatriz encerra seu posicionamento reiterando que “estamos
diante de uma situação jurídica aberrante, onde quem juridicamente não é
mais presidente da instituição entende que pode continuar factualmente
exercendo os poderes decorrentes do cargo, violando não só o Estatuto,
mas também a própria Lei”, finaliza a argumentação da verde e branca.
FONTE: CARNAVALESCO
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