Nem bem começou e a disputa de sambas da Portela já causa uma enorme
polêmica. O samba da parceria de Luiz Carlos Máximo foi impugnado por
descumprir o regulamento interno da ala que impede um compositor de
assinar uma obra em outra agremiação do Grupo Especial. A reportagem do CARNAVALESCO
procurou o compositor Luiz Carlos Máximo que disse discordar da decisão
da ala e revelou que não faz parte de seu feitio fazer samba e não
assinar.
- Respeito a decisão da coordenação mas não concordo. A Portela tem
história de vanguarda e perdeu a oportunidade de encerrar com uma
hipocrisia. Vários compositores colocam samba e não assinam. Foi me dito
na reunião que se eu não assinasse, o samba estaria inscrito. Só não
pode assinar? Isso é hipocrisia. Fui verdadeiro e fui punido junto da
parceria. Sempre agi com transparência e verdade. Não estou julgando
ninguém, mas não é meu feitio fazer samba sem assinar. Usaram de um
regulamento. Porquê não vetaram no ato da inscrição? - questiona.
O compositor externou sua admiração pelo presidente Marcos Falcon,
que segundo ele pensou no bem da escola, uma vez que os sambas de Luiz
Carlos Máximo têm sido ano após ano elogiado por público e crítica.
- Ele acolheu a minha solicitação com o maior apreço, que eu era um
portelense, compositor querido e que ficaria satisfeito. O Marcos Falcon
pensou na escola, não tenho nenhuma dúvida. Ele queria qualidade, pois
os sambas da minha parceria apresentaram satisfação e os que venceram
trouxeram notas máximas nos desfiles - lembra.
Ele questiona a presença de alguns membros do corpo julgador, que
segundo ele votam contra suas composições de maneira sistemática.
- Tem algumas coisas que eu realmente não entendo. Tem gente no juri
que sempre vota contra o meu samba. É uma constante. Já ganhei 40
pontos, Estandarte de Ouro, Estrela do Carnaval e todo ano votam contra.
Não gostar de um ou outro tudo bem, mas de nenhum? Isso deve ter em
outras escolas também. Não acho que sou desprestigiado. Sou muito
querido de muita gente e esse meu jeito talvez incomode. Eu mostro mesmo
que rei está nu, isso acaba sendo polêmico. Discuto os escritórios,
questiono a forma da disputa, a atitude de compositores que fazem samba e
não assinam. Vou contra o status quo - finaliza Luiz Carlos Máximo.
FONTE: CARNAVALESCO
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